Tempos pródigos em denúncias e escândalos de políticos e do setor privado A. Diniz, dono de supermercado pede 4 bilhões para comprar grupo francês e não foi atendido porque foi denunciado. Ministro dos transportes transforma ministério em balcão de negociatas concedendo 75% de sobre-preço aos contratos com empreiteiras de rodovias, trem bala custará 33 bilhões, Senador Álvaro Dias patrocina projeto para cancelar a exigência (mínima) de 30% de pós-graduados e doutorados no corpo docente do ensino superior.
Agora nos surpreende a reprovação dos exames da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), pasmem! 88% não passaram! Mesmo considerado fraco em suas exigências, pois o exame poderia ser mais exigente e formar melhores advogados e ai teríamos uma melhor aplicação da lei. Por esse motivo as universidades em lobby no Congresso, também querem a extinção do Exame da Ordem, o que será aprovado, pois muitos dos políticos que estudam direito estão entre os 88% de incapazes.
Enquanto isso na educação o Brasil precisa investir no mínimo 61 bilhões em 10 anos (6 bi por ano) para cumprir o PNE, entre as metas, a criação de 5 milhões de matrículas para jovens na universidade, para quê?
Os problemas da educação brasileira não estão afetos apenas aos cursos de direito, trata-se do sucateamento das escolas desde o maternal até o universitário, quando não, as universidades particulares (algumas) postam-se de excelências, mas a realidade é cruel e sabemos que não se trata apenas de mecanismos legais de ensino, passa também pelos péssimos salários pagos aos nossos profissionais, aqueles que frequentaram as péssimas faculdades que ora são acusadas, desprezando o pós e o doutorado, criando um terrível ciclo vicioso.
Porque Brasília aumentou os cursos de direito em 75%? É claro e evidente que aquela Ilha da Fantasia povoada de todo tipo de facínoras é um atrativo aos mercantilistas do ensino, pois não só atenderão o mercado jovem como também servirão de escudo jurídico e protecionista a todo político ficha suja que lá no Congresso se esconde, e pelas leis por eles criadas, proteger-se-ão das garras da justiça.
A maioria dos cursos de direito do Brasil, tais quais os demais cursos, não têm competência para estabelecer-se, assim o fazendo com o beneplácito do MEC, que sempre aceitou sub-declarações dos municípios brasileiros quando se trata de gasto real por aluno e os recursos necessários, pois aqueles cursos são criados com bases em informações inverídicas e proliferaram inconsistentemente pelas mesmas razões.
Estão claras as motivações que levam nossos melhores profissionais, aqueles que sobressaem em suas turmas, a buscarem fora do país a complementação de estudos, onde sempre acabam ficando por lá, não só pelas condições de estudos, trabalho e pesquisa, também pela ótima oportunidade de verem seus filhos estudarem em colégios e escolas que nivelam os alunos pela meritocracia e não pelo absurdo que ocorre hoje no Brasil, onde o sistema aprova qualquer aluno sabendo ou não, levando-o a, inconscientemente, se sentir apto e capaz - e ai vem o pior - a imbecilidade o torna prepotente e arrogante.
Foto ilustrativa
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