As mulheres conseguiram o direito de voto em 1932. Em 1974 havia 12 milhões de mulheres com titulo de eleitor, 35% do potencial. Em 1998, chegaram a 52,8% milhões de eleitoras, 49,8% do eleitorado. Já em 2006 65 milhões de mulheres tinham o título eleitoral, superando os homens e atingindo 51,5% do total de inscritos para o pleito eleitoral.
Em 1945 nenhuma mulher foi eleita. Na eleição seguinte foi eleita 01 (uma). Até 1982 sempre ficou abaixo de 2% na Câmara Federal. Para Assembléia Constituinte foi de 26 mulheres, 5,3% do total de Deputados, continuando assim em 1998 e até 2002, quando foram eleitas 42 mulheres, fazendo 8,2%. A percentagem de mulheres no parlamento hoje está muito abaixo da média mundial e abaixo de todos os países da América do Sul.
Nesse pleito teremos duas candidatas ao cargo máximo, Presidência da República, duas mulheres de formação totalmente díspar, uma a cara do povo, a outra cara da classe média.
O que ocorre com a mulher brasileira quando o assunto é eleição? Mulher não vota em mulher? As análises que fazem ao escolher consideram a competição, rivalidade, concorrência? Ainda não surgiu “a mulher” para despertar a motivação em todas elas?
O voto feminino é um voto de singularidade, pois sendo instintivamente a “protetora” da prole e, na maioria dos casos, a matriarca, fundamenta seu voto nas seguintes premissas: Política para sustentação da família (salário, renda, etc); políticas de Saúde e Segurança; políticas de melhoria educacional e analisam sempre as políticas de preços de alimentos, escola e tudo que afeta seu dia-a-dia. Detestam corrupção, falsidade e mentiras.
Sabe-se, em que pese afirmação contrária, a mulher não vota sob o comando de voz de seu marido ou companheiro, mesmo que aparentemente pareça ter aceitado não o faz, entretanto, esse procedimento é gerado por responsabilizar o universo masculino pelos desmandos e desacertos que afetam o “status quo” familiar.
Dilma Rousseff, a candidata do PT à Presidência da República, em suas aparições públicas, quase sempre está vestida de vermelho, sabe ela o poder dessa cor?
Muitas pesquisas têm confirmado que a cor vermelha afeta o desempenho físico, profissional, financeiro e psicológico e também sustentam que é a cor da vitória e dos vencedores. O vermelho está associado ao calor, força física, excitação, prosperidade, estímulo e poder. Desfavoráveis as associações com indecência, grosseria, falta de polidez, crueldade física, brutalidade. A força do vermelho pode transformar-se em raiva, rancor, revolta e fúria belicosa.
A Marina Silva é por militância ligada à cor verde, pela sua defesa constante e imperativa à sustentabilidade e programas de controle de desmatamento da Amazônia, está candidata à Presidência da Republica pelo PV.
Aspectos favoráveis da cor verde, participação, adaptabilidade, generosidade e cooperação. Atenua emoções, facilita o raciocínio correto, amplia compreensão e consciência. Reflete segurança e cria ambiente propício à tomada de decisões. Liberdade, harmonia, equilíbrio e espaço são aspectos naturais do verde. Atua como renovadora de vida e reflete evolução. Expressões de avareza, indiferença e insegurança são as negatividades do verde, cautela excessiva e suspeita, junto com precocidade podem indicar ciúmes, inveja, egoísmo e preconceito.
Verde ou vermelho, não importa a cor, o que valerá nessa eleição é que quem souber cativar o eleitorado feminino pode vencer e as mulheres estão à espera das diretrizes que as candidatas proporão, mas se estas subestimarem o voto feminino poderemos ter um homem como vencedor novamente. Um segundo turno entre duas mulheres seria glorioso para o Brasil.
(*) Parodiando o filme "O Diabo veste Prada" - apologia sobre personalidade e comportamento.
Fonte: Revista Planeta- IBGE - www.tse.gov.br
(Fotos lustrativas)
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