
Cabe culpa a alguém? Dunga, Ricardo Teixeira, Rede Globo, Lula? Não, a ninguém, afinal essa não é primeira vez e nem será a última, e como dirão os sábios entendidos agora que fomos pra vala, precisamos nos preparar para a próxima e ficarão dias e dias procurando explicações para o inexplicável.
É claro que quem deve estar rindo disso deve ser o Johan Cruyff, craque holandês que criticou a seleção brasileira, e com toda razão, afinal ele sabia que nosso futebol sempre foi superior, porém o que ele também sabe e nós fazemos questão de fingir que não sabemos, é a nossa incompetência em designar nossos “técnicos” e “capitães”, pois no Brasil basta apenas jogar um futebol razoável para se ungir um técnico de seleção, arrogante e ameaçador.
Responsável por escolher como capitão de equipe, um zagueiro, com frustrações de atacante, que viu toda sua equipe ser espancada pelos holandeses, sem punição alguma pelos sempre incompetentes árbitros da FIFA , e em momento algum, teve uma atitude de verdadeiro capitão junto ao benevolente (para a Holanda) árbitro. Venceu novamente o futebol da força e da truculência e os artistas despreparados psicologicamente perderam.
Sempre foi e sempre será assim, altos e baixos, pois nossos atletas nunca estão, psico e fisicamente, preparados para eventos de tal envergadura. Formamo-nos nas várzeas e acreditamos sobrepujar outros competidores apenas com nossa qualidade inata que desenvolvemos nas lides ou com nossa “magia” cantada em versos e prosas e agora em lágrimas, mas jamais, como tudo em nosso país, temos a seriedade e a profissionalidade de comportamento necessária a esses momentos.
Jogos medíocres pautaram o início dessa competição tornando-a enfadonha e entediante, as coisas foram se delineando e até a Alemanha, com o futebol tático e de cintura dura se sobressaiu, porém, nós brasileiros já nos víamos na final com “nossos hermanos argentinos, e vencendo-os, sagrando-nos hexacampeões e todos nossos problemas estariam resolvidos.
Estamos preparados para eventos de porte? Não! Nem nossos atletas e nem nosso país, porquanto preocupamo-nos sempre com os resultados que poderemos obter em vista do que sabemos e aprendemos, nunca, entretanto, daquilo que planejamos e estudamos levando em consideração o tempo real em que se consegue assimilar os ensinamentos, pois, não se forja uma geração culta sem proporcionar-lhe uma educação de alto nível.
Resta-nos, aplaudir e torcer pela seleção argentina, afinal somos todos “hermanos”.
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