Brasil - Rússia - Índia - China
Quando em 2001, os economistas disseram que Brasil, Rússia, Índia e China seriam as economias que dominariam o mundo, houve uma grita sobre o B de BRIC. Brasil? Um país com uma taxa de crescimento ruim, sujeito a qualquer crise financeira, instável politicamente, sua capacidade de desperdiçar seu potencial óbvio, era tão lendário como seu talento para o futebol e carnaval, não parecendo os titãs emergentes.
Luiz Inácio L. da Silva
O ceticismo esta esfumaçado. A China leva a economia do mundo para fora da recessão, o Brasil não evitou, mas foi o último a entrar e o primeiro a sair dela, cresce a uma taxa de 5%. Pegará mais velocidade com o os campos petrolíferos do Pré-sal, e como todo mundo continua com fome de alimentos e minerais, e isso o Brasil tem em sua imensidão de terras generosas, prevêem que o Brasil poderá, em 2014, se tornar a 5ª economia do mundo, superando Grã-Bretanha e França e São Paulo será a quinta cidade mais rica do mundo.
A China não é uma democracia. A Índia tem insurgentes, conflitos étnicos e religiosos e nem tem vizinhos hostis. A Rússia exporta petróleo e armas e trata mal os investidores. Sob a Presidência de Luiz Inácio, um ex-sindicalista nascido na pobreza, o seu governo tomou medidas para reduzir as desigualdades e quando se trata de política social, o mundo em desenvolvimento tem muito mais a aprender com o Brasil do que da China.
O Brasil, de repente, parece ter feito uma entrada no palco do mundo, marcando ainda sua chegada com os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio e a Copa do Mundo de Futebol em 2014. Fernando H. Cardoso
Os primeiros passos do emergente são de estatais gananciosas e fortes, a mídia democraticamente livre denuncia, mas a impunidade continua. O sistema bancário não é aventureiro. A economia é aberta e estatais foram privatizadas. Os gastos do governo sobem mais rapidamente que a economia, muito dinheiro público indo para coisas erradas. Apesar das melhorias recentes, educação e infra-estrutura continuam atrás da China e da Coréia do Sul. Em algumas partes a criminalidade é violenta e galopante.
Dilma Rousseff disse que a legislação trabalhista que é arcaica não necessita de uma reforma e talvez o maior perigo para o Brasil seja a arrogância, porém Lula está certo em pedir respeito ao Brasil, mas é também chegado a uma adulação.
Mas a sorte o tem ajudado, pois esta colhendo frutos do boom das commodities e do funcionamento da plataforma sólida para o crescimento erguido pelo seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. A ser mantido um melhor desempenho do Brasil num mundo difícil, significará que o sucessor de Lula terá de resolver alguns problemas que ele próprio foi capaz de ignorar. Assim, o resultado da eleição poderá determinar a velocidade que o Brasil andará na era pós-Lula.
No entanto, tem-se a certeza que o país está definido e sua decolagem é mais admirável ainda, pois foi conseguida através de um consenso democrático. Talvez a China nem possa dizer o mesmo.
(Fonte - The Economist) (Fotos e ilustração e tradução do blog)
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