20 de maio de 2011
Com o brasileiro não adianta...alguns até se esforçam!
Passa ano entra ano, recebo milhares de e-mail nessas correntes, mensagens, vídeos, na Net, onde os assuntos, os mais diversos, destacam-se os que tratam de crônicas, políticas e políticos, suas posturas absurdas e seus entrevistadores, sérios e humoristas (nunca são sérios), mensagens sempre acompanhadas de frases de efeito, tais como: “o mundo deveria tomar conhecimento”, “essa tem que acordar o Brasil”, “se todos fizerem assim”, “se ninguém quebrar a corrente”, “vamos boicotar os postos”, vamos isso, vamos aquilo.
Nós somos pródigos em encaminhar as mensagens, na maioria até sem inteirar-se do assunto, enviamos coisas velhas e antigas, principalmente aqueles que estão chegando agora ao mundo virtual, querem enviar tudo a todo mundo como se fossem salvar o planeta, e eles, geralmente os cronistas, são mais pródigos ainda em escrever sobre assuntos que não terão nenhum efeito prático, apenas um alcance de simbolismo intelectual que não nos levará às ruas, como recentemente milhares de egípcios foram, a convite de um site de relacionamento.
É claro que sentado atrás do computador clicando em enviar, somente sua máquina irá exercitar a cidadania que você pretende atingir com seus pares, você o envia porque sente vergonha de sua alienação e da sua não participação ativa em nada que ajude mudar o status definido da situação do país, ainda mais quando a sua está pra lá de resolvida, pois, acreditem, só irão à luta, efetivamente, quando o prejuízo bater à sua porta. Por que sair da comodidade para lutar pelos direitos de todos?!
Recebi esses dias um pedido de socorro, se tratava a aprovação do novo Código Florestal, assunto que interessa muito pouco à maioria dos brasileiros, principalmente àqueles que não vivem no campo ou não possuem propriedades rurais, onde a pessoa me pedia que assinasse o manifesto porque ele estava com medo de ter que pagar uma multa pela falta de reserva florestal, etc., a preocupação é consigo e com seus problemas e não com os possíveis desacertos da proposta de reforma do Código Florestal, assim somos nós.
Esse é realmente um exemplo típico do que citamos, entretanto, outros de somenos importância, que jamais farão alguma diferença em nosso dia-a-dia, recheados de assuntos fúteis e descabidos, tais como uma revista de famosos conhecida como manual do seqüestrador, de repente tem acessos aos milhares, por ser, uma questão de status cravar ali a sua “fotinha” como visitante, querendo dizer:- Olhem! Eu estive aqui!
Um site conhecido pelos brasileiros e que nem brasileiro é, o Avaaz, que se enfia em campanhas como a Ficha Limpa, Apedrejamento de Iranianas, Extirpação de clitóris de mulheres na África, e assim por diante, tem conseguido angariar alguns milhares de manifestantes, seja por sua conduta positiva, seja pelos assuntos polêmicos que aborda, e que são eleitos pelo internauta de acordo com sua situação educacional, onde, participar lhes da um sentido de dever cumprido, liberando-o para voltar à suas leviandades.
Por outro lado, temos também aqueles sites e blogs monitorados por pessoas que evitam uma verdade mais ácida e monitoram os comentários de seus visitantes, tornando-se “censuradores”, geralmente, patricinhas, colunistas sociais, sites de tv, políticos de conduta duvidosa que não admitem o desabafo ofensivo de seus eleitores, que com toda razão vociferam sempre que seu candidato é pego em flagrante delito, e que desestimulam a interatividade.
De um lado ou de outro, todos nós, devemos usar essa maravilhosa tecnologia para ampliarmos nossos conhecimentos com leitura, aprofundamento de idéias, discussões saudáveis, participação e interação com as propostas e não apenas clicar/enviar assuntos e textos, na maioria das vezes até sem ler, sem pesquisar sua veracidade, apenas livrando-nos deles como se nos incomodasse.
Suprimir a prática de enviar orações e mensagens religiosas com o vaticínio futurista de catástrofes e maldições senão reenviar, se não ler, desejar, abrir, afinal nem todos comungamos a mesma religião ou doutrina. Façamos dessa oportunidade uma adequada e inesgotável fonte de aprendizado e conhecimento, propugnando o envio de qualidade em detrimento da quantidade.
“Status é comprar uma coisa que você não precisa, com o dinheiro que você não tem, pra mostrar a quem você não gosta, aquilo que você não é.”
Foto ilustrativa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Muuuito bommmmm, amigo Daniel espero que muitos leiam isso e meditem sobre o assunto. Um abraço, Sônia Regina
ResponderExcluir