Numa reportagem me espantei com a realidade brasileira. Sempre me causam susto ver que existem pessoas nesse país que fazem a diferença para melhor. Só quem não vê essas pessoas são aqueles que sempre estão ocupados com coisas menores.
Um senhor de certa idade, paupérrimo, mal vestido e de aparência suja, sem sapatos, pisando no lixo e na água, navegando em uma canoa (barco) tão pobre quanto ele, recolhendo do esgoto a céu aberto, que eles chamam de Tietê, todo tipo de lixo, inclusive os recicláveis. Perguntado pelo reporter da global:
- O senhor sabia que isso que o senhor esta fazendo é um grande serviço que presta ao Rio Tietê? - respondeu:
- Eu sabia né e podia até ganhar alguma coisa né, mas ninguem me dá nada!!
Nova pergunta.
- O senhor não tem medo de ser contaminado pela água ou pegar alguma doença?
- Não nunca tive medo! A única doença que tenho é a pobreza!
É só! Nenhum comentário, nenhuma observação, nenhuma orientação, nada..assim são eles, se servem das pessoas para seus intentos de reportagens e coberturas, porém sem nenhum objetivo grandioso ou nobre.
Talvez se fosse algum reporter do meio esportivo, poderia até chamá-lo de herói...como chamam o Zina...aquele cara que parece ter um parafuso torto na cabeça e que ganhou uma casa e mordomias da RedeTV por ser eleito (pela RedeTV) poeta de uma só palavra, porque talvez ele não saiba duas. É o Brasil.
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