O que muitos brasileiros são na participação da riqueza? Nada! Não porque querem e sim porque ela é mal distribuida. A geração da riqueza do país é feita por todos nós com o nosso trabalho, nosso sacrifício, na labuta do dia a dia, nas dificuldades pelas quais passamos e enfrentamos para realização dele, que resulta numa produção de bens e serviços. Isso é o que eles chamam de PIB. E por sermos partes da população teríamos que participar dele, proporcionalmente, igual a todos e em tudo.
A maior mentira do Brasil é a renda “per capita”, que é o cálculo das riquezas dividido pela população, porém tem um agravante, o resultado desse cálculo deveria ser a participação de cada um na riqueza. Mas não é isso que acontece, principalmente porque os governos que se sucedem vêem no cidadão um indivíduo sem direitos, fazem dos projetos sociais básicos uma plataforma política, aproveitando-se do povo sem instrução que eles mesmos criam, aumentando a desigualdade da distribuição de renda e reduzindo o IDH. Pode-se certificar esse fato com a comparação dos índices entre os estados:
Sul-Sudeste (0,800 a 0,900) e Norte-Nordeste (0,700 a 0,799), destacando-se Alagoas de Color e Renan (0,683) e Maranhão de Sarney (0,696) que os levam junto com a Namibia (0,686) Botsuana (0,694).
O Índice de Desenvolvimento Humano é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população. Essa redução do IDH é real e visível nesses estados, porém lá só existem ilhas desenvolvimento e bem estar, onde os participantes são a casta privilegiada de sempre, ou seja a parte de 1% dos mais ricos, que estão em todos os estados.
Imaginem, o Brasil entrou pela primeira vez para o grupo de países com elevado desenvolvimento humano, com um índice medido em 0,800 no ano de 2005. Em 2006, obteve uma melhora no índice para 0,807. No ano de 2009 encontra-se na 75ª colocação mundial, com um índice de 0,813 valor que mesmo considerado de alto desenvolvimento humano, nos leva a posições abaixo de Chile, Uruguai, Argentina, Cuba, Venezuela, junto com a Colombia e a Bósnia.
Por isso mesmo, o Brasil continua a ser internacionalmente conhecido por ser uma das sociedades mais desiguais do planeta, onde a diferença na qualidade de vida de ricos e pobres é imensa.
Só para informar e comparar, afinal a distância entre uns e outros não parece ser tão grande. A Noruega continuou no topo da lista com Idh 0,971, seguida pela Austrália Idh 0,970 e Islândia Idh 0,969. Níger, Afeganistão e Serra Leoa (0,340, 0,352, 0,365) são os três últimos e apresentam os piores índices de desenvolvimento humano.
Entre 2001 e 2004 a renda dos 20% mais pobres cresceu cerca de 5% ao ano enquanto os 20% mais ricos perderam 1%. Nesse mesmo período houve queda de 1% na renda per capita e o PIB não cresceu significativamente. A explicação dos sábios economistas brasileiros para a redução das desigualdades está nos programas de distribuição de renda, como o Bolsa (esmola) Familia. Pura mentira, não há redução da desigualdade porquanto a queda de 1% na renda per capita só atinge a grande massa populacional, afinal os mais ricos são apenas 1% desse povo e a esmola não efetiva uma renda e sim supre apenas as necessidades básicas.
No entanto, como mais de dois terços dos rendimentos das famílias brasileiras provém do trabalho assalariado, há necessidade de crescimento da economia e do mercado de trabalho, com a crise mundial, o trabalho diminiu e, consequentemente a renda também.
16 de outubro de 2009
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