Se os serviços públicos são geridos por empresas
particulares, ou pelo governo, é uma questão de eficiência. Não é de ideologia
política. Mas não esqueçamos que os serviços públicos “gratuitos” alguém os
precisa pagar.
A passagem
de ônibus eu posso pagar do meu bolso, diretamente para a companhia particular,
que presta esse serviço. Ou eu entrego essa mesma contribuição ao governo, para
que ele a administre. Não existe jantar gratuito. O socialismo sempre fascinou
a mente humana, porque parece ser mais justo, e atender melhor à parte mais
pobre da humanidade. Isto, precisamente, sempre foi o ponto fraco do
capitalismo: não ter plano de salvação para os perdedores.
Mas o socialismo carrega consigo uma mancha
execrável. Não é capaz de respeitar o que é inerente ao ser humano, que é a sua
liberdade. Como não conseguirá jamais se estabelecer com a concordância dos
cidadãos, precisa se impor à força. As cabeças de quem pensa, e é cioso em
permanecer livre, rolam inexoravelmente. Esse regime é o mais catastrófico da
história, tendo assassinado mais de 80 milhões de rebeldes. Tornou-se uma
mancha na história da humanidade.
No Brasil, alegremente estamos correndo para os
braços das ditaduras. Sem pejo nenhum, e sem falsete no rosto dos nossos
dirigentes, temos relações diplomáticas preferenciais com nações, onde as
liberdades individuais são uma quimera. As visitas oficiais a certos países, de
visceral princípio socialista, são uma constante. A importação de médicos
estrangeiros (não quero duvidar de sua competência profissional), tem como
objetivo acostumar nossa população com as belezas do socialismo.
Os gastos financeiros com doações em favor de
nações mais pobres (todas socialistas), são uma constante. Os Black Blocs,
quebrando com grande satisfação os Bancos, mostram que já estão infectados com
esse vírus, francamente anti-livre mercado. Os que querem os serviços públicos
todos gratuitos, vivem de um delírio deplorável. Tudo está sendo feito à luz do
sol.
Os
condutores da nação terão o direito de dizer: “eu avisei”. É muito provável que
entre os condenados pelos crimes do mensalão, já se encontrem aqueles que, no
futuro, serão os dirigentes da Nação.
Dom Aloísio Roque Oppermann (1936 - 2014) - Arcebispo
Emérito de Uberaba(MG) - Foto Net
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