Prezado Senhor Ministro:
Com a proximidade de eleições, temos visto a veiculação de propaganda orientando o eleitor brasileiro a preocupar-se com as próximas eleições. Louvável atitude, se não pecasse, como todos os atos governamentais, em transferir ao eleitor cidadão a responsabilidade de afastar os “vermes” da carne sadia.
A lista das fichas sujas (derrotada pelos seus pares) existe e é real, entretanto as leis brasileiras se justapõem evitando que práticas criminosas na área cível, não impeçam o acesso a cargos no poder legislativo, que é o responsável pelas leis. Melhor dizendo – as leis não impedem que o criminoso se abrigue na casa onde ele fará novas leis que continuarão protegendo ele e seus pares de continuarem a praticar crimes sob a proteção de novas leis, tudo em nome do foro privilegiado, que eles mesmos criaram.
Oras bolas! Se o judiciário não intervier, com sentenças, posturas e punições, não se obterão mudanças no quadro político brasileiro, pois, não podemos nos esquecer que a origem do político é o partido, e se este não vetar, no nascedouro, a candidatura do mau elemento, abrigando-o sob sua bandeira, o eleitor poderá ter de enfrentar uma lista suja de candidatos, e, forçado pela obrigatoriedade, não ter escolhas.
Tal fato ocorre em todo país, nada podemos fazer, pois as candidaturas são impostas de cima para baixo, e eu pergunto: Se os dois candidatos a prefeito são sujos e seus vices também, como evitar que a cidade sofra por 4 anos?. Esse resíduo ditatorial que é o voto obrigatório, é ao nosso ver, o grande responsável pela indicação e eleição de maus políticos e digo mais como exemplo, é o responsável por termos que engolir um Paulo Maluf, que após tanta roubalheira, cadeia, sarcasmo, mentiras, desvios e outros pôde se esconder de novo no legislativo e nunca terá um processo transitado em julgado e a respectiva condenação. Não sendo obrigatório, o garimpo do voto será muito salutar, como o seria o voto distrital, pois os candidatos seriam escolhidos pelo povo do distrito e não pelos partidos, que é onde mora o perigo.
O problema da lei no Brasil é que, quando se trata dos poderosos a lei fica esquecida. Fico aqui imaginando o Senhor Paulo Maluf, naquela Câmara de Deputados, com todo aquele poder que o dinheiro (sujo) lhe concede, o que poderá fazer para convencer os deputados (aqueles que lá se esconderam) a legislarem em causa própria. E ai, voltamos ao início, cabe ao povo menos esclarecido impedir que os facínoras sejam eleitos? Ou cabe ao judiciário agilizar processos, alterar tramite legais, para punir com rapidez esses espertos? Ou não seria a hora do judiciário propor alterações em leis que foram feitas para beneficiar políticos sujos?
Finalmente, por que não impedir simplesmente o registro de candidatos que estejam sendo processados, já que se eleitos ganham foro privilegiado? Ou ainda porque não acabar com o foro privilegiado?
Senhor Ministro, sei que deverá ser difícil, porém gostaria de ser respondido por Vossa Excelência, para que possa ter um pouco de paz em meu coração, pois há muitos anos que vejo e ouço essa lengalenga, em todas as eleições e nenhuma mudança ocorre.
Não vai ser essa nova propaganda, usando cometa, trens etc, que deixaremos de ter ladrões na política e que nossas cidades deixarão de ser assaltadas por eles, afinal eles criam as leis, e pelo que eu saiba, ninguém em sã consciência atira no pé pelo prazer de sentir dor.
(fotos ilustrativas) - (Texto que enviei por e-mail, porém, que serve para qualquer ano de eleições no Brasil)
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